sábado, 22 de novembro de 2008

Pequeno Eu, Parte 2

Direito de escolha. Livre-arbítrio. Toda condição humana se faz disso.

Já vi muita gente dizer que sou compreensivo, que aceito as decisões dos outros normalmente, etc e tal. Não é da minha natureza querer impor o que eu quero no livre-arbítrio alheio. Como sigo o pensamento taoísta ainda, "quando for justo, não questione". Compreender, que a pessoa faz o que é melhor pra si mesma, independentemente do aspecto ou relação que isso influa. Compreender não é entender. Compreender é aceitar. Muitas vezes, não entendemos a situação ou decisão do outro, e por isso, não compreendemos. Mas à partir do momento que se sabe que cada pessoa tem sua própria vida, cada decisão dela é referente á si mesma.

Mas, como o princípio básico da mecânica de Newton, "toda ação tem uma reação". E a consequência eu deixo por minha conta. E da mesma forma que a pessoa foi compreendida, espero que faça o mesmo comigo. Isso em relação á qualquer pessoa. Não gosto muito de aliviar pra alguém só por causa do sentimento que eu tomo por ela. Não é vingança, mesmo por que, acredito em karma.

Nem sempre eu quis compreender. A compreensão faz-se necessária, mas em grande parte das vezes atravessa o peito, e revira a lâmina pra causar dor. Mas, é a verdadeira forma de gostar - compreender é admitir que também existe um ego por debaixo da pele das outras pessoas, e saber que cada ego toma seu rumo pra um destino diferente. Muitas vezes os rumos se cruzam, muitas vezes faz-se companhia por parte do caminho, e são por estes momentos que se vale as pessoas... Mas, sei que por mais que eu deseje trilhar caminhos juntos, nunca quero que alguém compartilhe o mesmo destino que eu por causa de algum sentimento. O ego simplesmente morre quando abri-mos mão do nosso destino. E se o ego morre, a pessoa por qual conhecemos e gostamos, também. Não lembro aonde li, mas lembro firmemente dessa frase "Meu verdadeiro amigo trilha seu próprio caminho, não me segue".

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