terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Guloso

"Eu quis parar e a circunstância não deixou
As minhas antigas palavras de revolta
vieram dar tapas em minha face.
Eu quebrei espelhos
mas seus 7 anos de azar nunca foram
tão casuais...

Ei, prematuro.
Você nasceu em perfeição
mas a idade lhe trouxe
a regressão.
Meu significado é vazio
um vazio que cobre um
gigante universo interno
Tão real quanto a própria realidade...
Assim se faz a minha ilusão,
e sonhos que já não sei mais se tenho.

Em estância, comunico à vós, que toda e qualquer contradição descreve o caminho.

Eu quis escrever mas a paz não deixou.
Eu quis trair e acabei me condenando.

Estou aqui entre o silêncio
dos estralos da sinuca
e imerso no perfume
alcóolico do ambiente.

Eu neguei pedidos carinhosos
e fui apático com meu sorriso de sempre,
Mas não me foi ensinado
conhecer o mundo de outra forma.
Meus pêsames, querido.

Chove lá fora e as goteiras
estão em cima da minha cabeça.
Mas estou acomodado, escrevendo
Por que o quê vem de fora não atinge o meu ego.

Toda e qualquer semelhança, é mero acaso."




Escrito na terça-feira, 2 de dezembro de 2008, no Copo Çujo, com uma goteira na minha cabeça e vendo o Arroiz, o Victor, o Ken e o Yves jogarem sinuca só com a bola branca.

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