quarta-feira, 27 de julho de 2011

causa mortis

aprendi com minhas mortes diárias,

à contemplar o definitivo,

a apreciar o fim indolente,

que não diferes os grandes dos pequenos,

e transforma glória em adubo.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Nocuere silentia nulli

O tabaco já não me alivia,
o alcóol já não me deixa esquecer,
não encontro, e não quero nem procurar,
só das línguas da razão que sei falar,
das outras todas que falam de sentimento
a minha fala só faz gaguejar,
tentei aprender aquela do ódio,
mas não sou exatamente do tipo poliglota.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

the last one to die

I've been tried so many times
but we both know there's no way
we haven't built foundation
and all the weight of the our pleasure
and irresponsability
collapsed our tower
and our dreams to reach the sky

terça-feira, 29 de março de 2011

Come and goes

E me pego aqui perguntando
qual o sentido da vida denovo.
Será norte, sul, ou perdidamente ao leste?
Quem sabe no oeste, túmulo de todos os astros,
madrugadas virei, sem medo de frio ou relento
perguntando e observando as cinzas
do tabaco e das pessoas que já passaram

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Você sabe

Acordo pela manhã
e não nego que encontro-me perguntando
se você está bem.
Não nego que você ocupa a minha cabeça
na frestas entre os pensamentos,
E que nunca quis tanto que
algo com alguém desse certo.

Não posso mentir, meu orgulho muitas vezes
fala mais alto
E um simples "tenho saudades"
fica difícil de sair
Tenho lá meus medos sim.
E o maior deles, é de ser precipitado.

Não nego que 1 sorriso seu
Já justifica 10 outros meus,
E que você me deixa confuso
até mesmo pra entender o óbvio.

Não sou do tipo que faz promessas
Ou que espalha "te amo" aos 4 ventos,
Mas não se engane, não é por que gosto menos de você.
Mas sim por que gosto demais

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Try me

Não acredito em meias verdades
E delas a sua boca se enche com prazer,
Tento enxergar o vulto por detrás das cortinas
mas tudo que vejo é seda enegrecida pela noite,
E eu vou tentando, vou me perdendo,
Vou sonhando, mas não esquecendo,
e no seus jogos de palavras
acabo nas suas meias verdades denovo.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Conotação sobre a liberdade

As pessoas seguem uma forma muito individualista de ter relacionamentos. Elas não querem pessoas para ter ao seu lado... querem pessoas para possuir. E é aí a raiz da maioria dos problemas entre pessoas que se gostam.
O ser humano (na verdade nem outros animais) foram feitos para ficar em gaiolas. O mundo é gigante, amigos. A função do ser humano é conhecê-lo, desbravá-lo, e não só em sentido geográfico, mas também em questão de relacionamentos, profissionais, filosóficas... Quando ele se submete à coleiras ele perde a essência viva que foi lhe dada: sua alma, sua ânima.
Mas o nosso ego é cruel: ele mede seu poder por suas posses. Mas mal sabe ele, que é o que é seu de verdade, volta sem precisar que você o prenda. "O que é do homem o bicho não come" já dizia o povo.
A perda é processo natural da evolução. Ela vem e não espera, não dá tempo nem de pensar. E é aí que seu ego enfraquece, e precisa de muletas. Então ele busca outras propriedades para compensá-la...
Mas já lhe digo, amigo. Quem anda de muletas não vai muito longe. E não sei você, mas é por todas distâncias que eu quero percorrer.
É verdade sim, que aos poucos mais e mais eu possuo nada. Mas se fosse depender disso estaria estagnado em algum lugar por aí. Não perco o sorriso nunca, por mais dolorido que seja. A raiva é uma emoção que só nos faz recuar... seja lá aonde você queira chegar.
Mais vale a própria liberdade que cem coleiras amarradas à tua mão. Por que por mais que você possa segurar teu cão... é ele quem te puxa para onde ele quer ir.