Tudo vibra.
O tenor grita e a taça na cabeça de cada um estoura.
E a onomatopéia é omitida, entre os cacos de suas taças e gotas de vinho.
E eu sinto fome e sede, e não é de justiça.
domingo, 30 de novembro de 2008
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Bilhete na Geladeira
Estou catando as palavras largadas por aí.
Caso qualquer coisa meu testamento e inventório estão embaixo da cama.
Só não toque no meu baú de doces.
Amém.
Caso qualquer coisa meu testamento e inventório estão embaixo da cama.
Só não toque no meu baú de doces.
Amém.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Toxina
"Os versos me jogaram fora
Não tenho mais o abrigo
O abrigo da expressão
Chove
E está molhando meus ossos
Pesada
O sono bate e estou na rua
Cadê as estrelas para serem meu teto?
Está tudo tão cheio de nuvens...
Essa água não mata minha sede
Intragável
O alcóol já não me embriaga
Mas talvez um brilho
Reflexo de um sorriso
Cintilante
Penetrante
Por mais discreto que seja
É o bastante."
Estava cansado. Havia acabado de chegar de uma viagem. Uma semana e alguns dias fora de casa. Morava no 3º andar. Toda vez, entrava distraído, e acabava tentando abrir a porta do vizinho, por impulso. Sempre estava pensativo. Mas dessa vez não tive tempo de distrair-me - um garoto de em torno de 7 anos estava na porta. Dissera que havia uma carta pra mim. Não havia remetente, nem nome, nem endereço. Perguntei quem havia mandando entregar, e respondeu que era um homem sorridente e com um chapéu que provavelmente cobriria a calvície. Dei uma bala de eucalypto que eu tinha no bolso para ele, para que o coitado não saísse de mãos abanando, já que estava sem dinheiro algum, mas concerteza ele odiaria só pelo cheiro. Adentrei, sem bater no vizinho dessa vez. Coloquei um blues dos meus favoritos, e sentei numa poltrona que de tanto tempo que passei ali já deveria ter tomado a minha forma. Abri o pacote, ancioso. Surpreendi-me com uma folha em branco. Irritei-me pensando sem uma brincadeira de criança, mas percebi uma frase, escrita em nanquim canto da folha: "Há de ser feliz quem realmente quer."
Então percebi que não havia cansaço, distração, apartamento, vizinho, garoto, senhor misterioso, blues ou até mesmo minha poltrona de sempre.
Mas havia uma criatura que gritou "EU!" no meio do mundo.
Não tenho mais o abrigo
O abrigo da expressão
Chove
E está molhando meus ossos
Pesada
O sono bate e estou na rua
Cadê as estrelas para serem meu teto?
Está tudo tão cheio de nuvens...
Essa água não mata minha sede
Intragável
O alcóol já não me embriaga
Mas talvez um brilho
Reflexo de um sorriso
Cintilante
Penetrante
Por mais discreto que seja
É o bastante."
Estava cansado. Havia acabado de chegar de uma viagem. Uma semana e alguns dias fora de casa. Morava no 3º andar. Toda vez, entrava distraído, e acabava tentando abrir a porta do vizinho, por impulso. Sempre estava pensativo. Mas dessa vez não tive tempo de distrair-me - um garoto de em torno de 7 anos estava na porta. Dissera que havia uma carta pra mim. Não havia remetente, nem nome, nem endereço. Perguntei quem havia mandando entregar, e respondeu que era um homem sorridente e com um chapéu que provavelmente cobriria a calvície. Dei uma bala de eucalypto que eu tinha no bolso para ele, para que o coitado não saísse de mãos abanando, já que estava sem dinheiro algum, mas concerteza ele odiaria só pelo cheiro. Adentrei, sem bater no vizinho dessa vez. Coloquei um blues dos meus favoritos, e sentei numa poltrona que de tanto tempo que passei ali já deveria ter tomado a minha forma. Abri o pacote, ancioso. Surpreendi-me com uma folha em branco. Irritei-me pensando sem uma brincadeira de criança, mas percebi uma frase, escrita em nanquim canto da folha: "Há de ser feliz quem realmente quer."
Então percebi que não havia cansaço, distração, apartamento, vizinho, garoto, senhor misterioso, blues ou até mesmo minha poltrona de sempre.
Mas havia uma criatura que gritou "EU!" no meio do mundo.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Indulgência
Seus poemas já não me enganam
Seus acordes já não me entorpecem
Mas aquela tua rima
Incofundível
Rima de horizonte
No soar do mar e do pôr-do-sol
Na espectativa de uma noite cair
Noite de lua nova
Um tanto vazia quanto eu preciso ser
Por que quando brilho
Tudo que eu reflito é a luz da vela
Quero o Sol
Queimar na presença dele
Mas, suas velas estão ofuscando.
Eu entro naquele antigo beco
A música é a mesma
Tudo é tão aconchegante
Mas adormece
Adormece tudo aquilo que dói
Que me faz sofrer
Que me derruba
Que me faz sentir vivo
"Sou o filho e o herdeiro
De uma timidez que é criminalmente vulgar
Sou o filho e o herdeiro
De nada em particular"
Seus acordes já não me entorpecem
Mas aquela tua rima
Incofundível
Rima de horizonte
No soar do mar e do pôr-do-sol
Na espectativa de uma noite cair
Noite de lua nova
Um tanto vazia quanto eu preciso ser
Por que quando brilho
Tudo que eu reflito é a luz da vela
Quero o Sol
Queimar na presença dele
Mas, suas velas estão ofuscando.
Eu entro naquele antigo beco
A música é a mesma
Tudo é tão aconchegante
Mas adormece
Adormece tudo aquilo que dói
Que me faz sofrer
Que me derruba
Que me faz sentir vivo
"Sou o filho e o herdeiro
De uma timidez que é criminalmente vulgar
Sou o filho e o herdeiro
De nada em particular"
Escrito na Terça-feira, dia 25 de novembro de 2008
(Última estrofe é parte traduzida de uma música da banda "The Smiths" chamada "How Soon is now?". Não achei forma melhor de finalizar)
(Última estrofe é parte traduzida de uma música da banda "The Smiths" chamada "How Soon is now?". Não achei forma melhor de finalizar)
domingo, 23 de novembro de 2008
sábado, 22 de novembro de 2008
Pequeno Eu, Parte 2
Direito de escolha. Livre-arbítrio. Toda condição humana se faz disso.
Já vi muita gente dizer que sou compreensivo, que aceito as decisões dos outros normalmente, etc e tal. Não é da minha natureza querer impor o que eu quero no livre-arbítrio alheio. Como sigo o pensamento taoísta ainda, "quando for justo, não questione". Compreender, que a pessoa faz o que é melhor pra si mesma, independentemente do aspecto ou relação que isso influa. Compreender não é entender. Compreender é aceitar. Muitas vezes, não entendemos a situação ou decisão do outro, e por isso, não compreendemos. Mas à partir do momento que se sabe que cada pessoa tem sua própria vida, cada decisão dela é referente á si mesma.
Mas, como o princípio básico da mecânica de Newton, "toda ação tem uma reação". E a consequência eu deixo por minha conta. E da mesma forma que a pessoa foi compreendida, espero que faça o mesmo comigo. Isso em relação á qualquer pessoa. Não gosto muito de aliviar pra alguém só por causa do sentimento que eu tomo por ela. Não é vingança, mesmo por que, acredito em karma.
Nem sempre eu quis compreender. A compreensão faz-se necessária, mas em grande parte das vezes atravessa o peito, e revira a lâmina pra causar dor. Mas, é a verdadeira forma de gostar - compreender é admitir que também existe um ego por debaixo da pele das outras pessoas, e saber que cada ego toma seu rumo pra um destino diferente. Muitas vezes os rumos se cruzam, muitas vezes faz-se companhia por parte do caminho, e são por estes momentos que se vale as pessoas... Mas, sei que por mais que eu deseje trilhar caminhos juntos, nunca quero que alguém compartilhe o mesmo destino que eu por causa de algum sentimento. O ego simplesmente morre quando abri-mos mão do nosso destino. E se o ego morre, a pessoa por qual conhecemos e gostamos, também. Não lembro aonde li, mas lembro firmemente dessa frase "Meu verdadeiro amigo trilha seu próprio caminho, não me segue".
Já vi muita gente dizer que sou compreensivo, que aceito as decisões dos outros normalmente, etc e tal. Não é da minha natureza querer impor o que eu quero no livre-arbítrio alheio. Como sigo o pensamento taoísta ainda, "quando for justo, não questione". Compreender, que a pessoa faz o que é melhor pra si mesma, independentemente do aspecto ou relação que isso influa. Compreender não é entender. Compreender é aceitar. Muitas vezes, não entendemos a situação ou decisão do outro, e por isso, não compreendemos. Mas à partir do momento que se sabe que cada pessoa tem sua própria vida, cada decisão dela é referente á si mesma.
Mas, como o princípio básico da mecânica de Newton, "toda ação tem uma reação". E a consequência eu deixo por minha conta. E da mesma forma que a pessoa foi compreendida, espero que faça o mesmo comigo. Isso em relação á qualquer pessoa. Não gosto muito de aliviar pra alguém só por causa do sentimento que eu tomo por ela. Não é vingança, mesmo por que, acredito em karma.
Nem sempre eu quis compreender. A compreensão faz-se necessária, mas em grande parte das vezes atravessa o peito, e revira a lâmina pra causar dor. Mas, é a verdadeira forma de gostar - compreender é admitir que também existe um ego por debaixo da pele das outras pessoas, e saber que cada ego toma seu rumo pra um destino diferente. Muitas vezes os rumos se cruzam, muitas vezes faz-se companhia por parte do caminho, e são por estes momentos que se vale as pessoas... Mas, sei que por mais que eu deseje trilhar caminhos juntos, nunca quero que alguém compartilhe o mesmo destino que eu por causa de algum sentimento. O ego simplesmente morre quando abri-mos mão do nosso destino. E se o ego morre, a pessoa por qual conhecemos e gostamos, também. Não lembro aonde li, mas lembro firmemente dessa frase "Meu verdadeiro amigo trilha seu próprio caminho, não me segue".
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Pequeno Eu, Parte 1
Eu acho que eu sou um pouco subjetivo demais. Não soube expressar diretamente o que eu sentia, queria, e ainda continuo sendo assim. Talvez não tenham sido atentos com minhas indiretas...
Sei que é a forma de expor o que eu sinto. Não gosto de saber que uma pessoa está agindo da forma que me faz bem por que eu disse, mas me sinto bem quando a pessoa se conscientiza do que eu sinto e se corrige em função disso. Eu acho que no fim, tudo que eu busco é essa integração - saber olhar dentro da circustância e de mim mesmo, pra saber então o que se passa no meu pensamento.
As vezes me sinto muito falso. De verdade mesmo. Falo de uma forma que as pessoas confiam, e as vezes as pessoas aparentam caminhar na palma de minha mão. Isso costuma ser agradável, mas nem sempre - eu queria viver a emoção verdadeira do viver, sem mudanças de nenhum aspecto.
Eu, como bom Homo Sapiens tive aquela velha tendência de achar que o mundo gira à minha volta. E machuquei muita gente no processo. Sei que fui idiota, tive medo, me achei no direito de fazer o que quisesse, mas não quero diminuir minha culpa, assumo ela sem sombra de dúvidas.
Talvez venha à machucar mais gente nessa minha busca, talvez essa pessoa possa não existir.
Mas vale à pena arriscar.
Me sinto alíviado.
E obrigado pela compreensão.
Sei que é a forma de expor o que eu sinto. Não gosto de saber que uma pessoa está agindo da forma que me faz bem por que eu disse, mas me sinto bem quando a pessoa se conscientiza do que eu sinto e se corrige em função disso. Eu acho que no fim, tudo que eu busco é essa integração - saber olhar dentro da circustância e de mim mesmo, pra saber então o que se passa no meu pensamento.
As vezes me sinto muito falso. De verdade mesmo. Falo de uma forma que as pessoas confiam, e as vezes as pessoas aparentam caminhar na palma de minha mão. Isso costuma ser agradável, mas nem sempre - eu queria viver a emoção verdadeira do viver, sem mudanças de nenhum aspecto.
Eu, como bom Homo Sapiens tive aquela velha tendência de achar que o mundo gira à minha volta. E machuquei muita gente no processo. Sei que fui idiota, tive medo, me achei no direito de fazer o que quisesse, mas não quero diminuir minha culpa, assumo ela sem sombra de dúvidas.
Talvez venha à machucar mais gente nessa minha busca, talvez essa pessoa possa não existir.
Mas vale à pena arriscar.
Me sinto alíviado.
E obrigado pela compreensão.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Desenrolado
"Não sei se sou exagerado
Ou se são os outros quem estão saturados
Penso em fazer meus dias valerem à pena
Para que tudo seja grande perto dos problemas
Talvez todos já estejam cansados
Talvez até eu esteja
Talvez sumir não seja má idéia
Talvez o "talvez" de nada adiante
Fui, sou, e serei provavelmente
Vivendo meus instintos
E agindo em contradição destes
Fazer-se o necessário quando preciso
Mas ignorar o sentimento
Até que tudo desaflore
Tenho feito
revivido
criado
cada constante do meu pensamento
cada impulso do meu sentimento
cada vibração da minha alma
Mas destruo
sem só nem piedade
com a lâmina atiçada à sangue
Sou feito de carne
Mas meu sentir é feito de quê?"
Escrito na Quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Ou se são os outros quem estão saturados
Penso em fazer meus dias valerem à pena
Para que tudo seja grande perto dos problemas
Talvez todos já estejam cansados
Talvez até eu esteja
Talvez sumir não seja má idéia
Talvez o "talvez" de nada adiante
Fui, sou, e serei provavelmente
Vivendo meus instintos
E agindo em contradição destes
Fazer-se o necessário quando preciso
Mas ignorar o sentimento
Até que tudo desaflore
Tenho feito
revivido
criado
cada constante do meu pensamento
cada impulso do meu sentimento
cada vibração da minha alma
Mas destruo
sem só nem piedade
com a lâmina atiçada à sangue
Sou feito de carne
Mas meu sentir é feito de quê?"
Escrito na Quinta-feira, 20 de novembro de 2008
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Constando
"Calix meus inebrians."
Ah, quem diria, fui bem nas 3 provas.
Pode ser meio nerd, mas me senti bem com isso.
Ah, quem diria, fui bem nas 3 provas.
Pode ser meio nerd, mas me senti bem com isso.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
A outra face
"A tua máscara
tribal
cruel
Pintada no mais diferentes tons
do sangue de teus amados
Embebida com aquele Bálsamo
de nossa querida infância
Dê-me aquele teu sincero sorriso
Traga-me denovo denovo
Velhas lembranças
de quando pouco importava
a circunstância
o meio
os doentes à nossa volta
Aquele teu doce olhar
que vem intenso e ameaçador
Já faz parte de mim
Houve dias
onde a palavra fugira de mim
Fui despido por uma contante
via de pensamentos nulos
feitos de luzer e cores
remetentes ao nada
mas que precisavam emergir
Rezo
para um ser abrupto
e indefinido
pedindo que seja feita
cada detalhe de minha
vontade
Diz-me que fui egocêntrico
Digo-lhe que fui sonhador
Talvez tenha vivido
romântico demais."
tribal
cruel
Pintada no mais diferentes tons
do sangue de teus amados
Embebida com aquele Bálsamo
de nossa querida infância
Dê-me aquele teu sincero sorriso
Traga-me denovo denovo
Velhas lembranças
de quando pouco importava
a circunstância
o meio
os doentes à nossa volta
Aquele teu doce olhar
que vem intenso e ameaçador
Já faz parte de mim
Houve dias
onde a palavra fugira de mim
Fui despido por uma contante
via de pensamentos nulos
feitos de luzer e cores
remetentes ao nada
mas que precisavam emergir
Rezo
para um ser abrupto
e indefinido
pedindo que seja feita
cada detalhe de minha
vontade
Diz-me que fui egocêntrico
Digo-lhe que fui sonhador
Talvez tenha vivido
romântico demais."
Escrito na Terça, 18 de novembro de 2008
Merda. Amanhã tem 3 provas, e eu não manjo nadaaaaa.
AHHHH, mas mesmo assim, eu to feliz, feliz demais.
Merda. Amanhã tem 3 provas, e eu não manjo nadaaaaa.
AHHHH, mas mesmo assim, eu to feliz, feliz demais.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Retorno ao sentimentalismo
"O acaso do meu amanhã
a doce surpresa do improvável
o extasê de uma nova esperança.
Fazes de minha vida, um tanto que seja
única.
Difere-te do resto
a originalidade de tuas experiências.
Eis a causa de tudo isso
O ardor da raiva
o prazer da paixão
o pecado
as pessoas.
Nega teu sentimento e aclama teu condenamento à morte. Morra eternizando o teu hoje e fazendo dele o teu amanhã. A agoniante música de um só tom.
Trim
Trim
Trim
Trim
Dançe-a na valsa de teus dias chatos.
Cansa, viver aquilo que não remete o que sentimos
Apodrece
Anestesia
O sentido do convívio
Dos laços, de paixão
amizade
fraternidade
Inibe a natureza do ser humano
e o ser humano inibirá a natureza de tua felicidade."
a doce surpresa do improvável
o extasê de uma nova esperança.
Fazes de minha vida, um tanto que seja
única.
Difere-te do resto
a originalidade de tuas experiências.
Eis a causa de tudo isso
O ardor da raiva
o prazer da paixão
o pecado
as pessoas.
Nega teu sentimento e aclama teu condenamento à morte. Morra eternizando o teu hoje e fazendo dele o teu amanhã. A agoniante música de um só tom.
Trim
Trim
Trim
Trim
Dançe-a na valsa de teus dias chatos.
Cansa, viver aquilo que não remete o que sentimos
Apodrece
Anestesia
O sentido do convívio
Dos laços, de paixão
amizade
fraternidade
Inibe a natureza do ser humano
e o ser humano inibirá a natureza de tua felicidade."
Escrito na Segunda, 17 de novembro de 2008.
domingo, 16 de novembro de 2008
Olhar Imaculado
A visão. Um dos sentidos mais vitais pra humanidade, talvez.
Com os olhos se ambiciona a presa. Com os mesmos, se perde na imensidão do mundo.
Mas a visão é algo além. O olhar nos olhos - decifra cada bloco da psyché do outro... Cada emoção, cada impulso, cada alteração. Por esse motivo que o olhar nos olhos ameaça, pois ele revira o interior do próprio ser.
Mas a visão não delimita-se nisso.
Há sempre aqueles que dizem que a vida é difícil. Que envolver-se com os outros dói, que tentar não vale à pena, que os sonhos são inalcançáveis. Ai sim, entra a visão mais importante do ser humano. A visão do mundo.
A forma da qual interpretamos as coisas, que encaramos o mundo, é que faz a diferença. É uma forma de fé, mas não em um ser superior, mas sim no seu eu interior.
É por isso que escolhi o nome do blog como "Olhar Imaculado". Tenho um fascínio imprescindível pelo questão do olhar. Imaculado, pois não foi manchado com fraqueza humana, de ajoelhar-se perante a dificuldade. É um olhar ingênuo, como a visão do mundo de uma criança, que leva a dificuldade das coisas que deseja com desprezo.
"Há de ser feliz aquele que vê a felicidade nas coisas."
Com os olhos se ambiciona a presa. Com os mesmos, se perde na imensidão do mundo.
Mas a visão é algo além. O olhar nos olhos - decifra cada bloco da psyché do outro... Cada emoção, cada impulso, cada alteração. Por esse motivo que o olhar nos olhos ameaça, pois ele revira o interior do próprio ser.
Mas a visão não delimita-se nisso.
Há sempre aqueles que dizem que a vida é difícil. Que envolver-se com os outros dói, que tentar não vale à pena, que os sonhos são inalcançáveis. Ai sim, entra a visão mais importante do ser humano. A visão do mundo.
A forma da qual interpretamos as coisas, que encaramos o mundo, é que faz a diferença. É uma forma de fé, mas não em um ser superior, mas sim no seu eu interior.
É por isso que escolhi o nome do blog como "Olhar Imaculado". Tenho um fascínio imprescindível pelo questão do olhar. Imaculado, pois não foi manchado com fraqueza humana, de ajoelhar-se perante a dificuldade. É um olhar ingênuo, como a visão do mundo de uma criança, que leva a dificuldade das coisas que deseja com desprezo.
"Há de ser feliz aquele que vê a felicidade nas coisas."
sábado, 15 de novembro de 2008
Prematuro
"Significado. Vivemos, discutimos, disputamos, buscamos o significado.
Significar é refletir a própria existência.
Significar é refletir a própria existência.
Queremos significar algo pra alguém.
Queremos significar algo para nós mesmos, também.
Espera. Sempre esperamos algo de alguém. Sempre idealizamos o outro, sempre idealizamos o que queremos. A espera interpreta o significado ideal do teu querer.
Queremos significar algo para nós mesmos, também.
Espera. Sempre esperamos algo de alguém. Sempre idealizamos o outro, sempre idealizamos o que queremos. A espera interpreta o significado ideal do teu querer.
Há de esperar e viver de sonhos, então.
Há de esperar e decepcionar
pela realidade não ser a sua ilusão.
Há de esperar e decepcionar
pela realidade não ser a sua ilusão.
Alucinação. Inconformados com a espera do ideal, nos decepcionamos com o real. Viver alucinado acalma a alma ferida.
Alucina-te, sua vida tornará-se mais amena.
Alucina-te, mas de nada significará se sua sensação não é plena.
Alucina-te, mas de nada significará se sua sensação não é plena.
Contradição. Dela se faz as ações do ser humano. Não podemos agir da forma que queremos. Já definiram o que é certo. Alucina-te e viva o correto.
Contradiga tua vontade, enterre a tua essência.
Contradiga tua alma, perpetue por aí a tua mais intensa ausência."
Contradiga tua alma, perpetue por aí a tua mais intensa ausência."
Escrito no Sábado, dia 15 de novembro de 2008
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Idéias boiando
"A digestão de tudo
me entorpece,
me digere,
me traz de volta.
Em três tragadas
a tua vida
se consome,
se extingue,
se resguarda;
cinzas do que sobrou de você,
a lembrança
o Irreal.
Meu jogo de brincar de gente ressalta meu breves erros enquanto pairava sobre a neve. N-E-V-E, me afundei no vão de suas letras e versos, senti a vontade de viver quando a febre atingiu o princípio da alma.
Tudo gira. O poeta, o leitor. Mas a caneta e o papel não. São o centro de tudo. E então, o espaço se conforma com a realidade do me pensamento. Ele vira letra, ardor e felicidade.
Haverá de me tentar com os frutos de sempre...
O sussuro dos teus pensamentos
nada lhe dizem?
nada lhe significam?
Sentir é provar do real, alieno-me. Faça me provar do irreal também.
Seja gentil, me traga uma xícara de sua essência.
- Há de ser amarga.
- Há de ser doce como o mel.
Depende da língua que a provar.
Entre abraços e ofensas
O que existe de mim,
demonstra o que existe de você.
Sou pois
a deturpação do teu entedimento."
me entorpece,
me digere,
me traz de volta.
Em três tragadas
a tua vida
se consome,
se extingue,
se resguarda;
cinzas do que sobrou de você,
a lembrança
o Irreal.
Meu jogo de brincar de gente ressalta meu breves erros enquanto pairava sobre a neve. N-E-V-E, me afundei no vão de suas letras e versos, senti a vontade de viver quando a febre atingiu o princípio da alma.
Tudo gira. O poeta, o leitor. Mas a caneta e o papel não. São o centro de tudo. E então, o espaço se conforma com a realidade do me pensamento. Ele vira letra, ardor e felicidade.
Haverá de me tentar com os frutos de sempre...
O sussuro dos teus pensamentos
nada lhe dizem?
nada lhe significam?
Sentir é provar do real, alieno-me. Faça me provar do irreal também.
Seja gentil, me traga uma xícara de sua essência.
- Há de ser amarga.
- Há de ser doce como o mel.
Depende da língua que a provar.
Entre abraços e ofensas
O que existe de mim,
demonstra o que existe de você.
Sou pois
a deturpação do teu entedimento."
Escrito na Terça-feira, dia 11 de novembro de 2008.
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