quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Você sabe

Acordo pela manhã
e não nego que encontro-me perguntando
se você está bem.
Não nego que você ocupa a minha cabeça
na frestas entre os pensamentos,
E que nunca quis tanto que
algo com alguém desse certo.

Não posso mentir, meu orgulho muitas vezes
fala mais alto
E um simples "tenho saudades"
fica difícil de sair
Tenho lá meus medos sim.
E o maior deles, é de ser precipitado.

Não nego que 1 sorriso seu
Já justifica 10 outros meus,
E que você me deixa confuso
até mesmo pra entender o óbvio.

Não sou do tipo que faz promessas
Ou que espalha "te amo" aos 4 ventos,
Mas não se engane, não é por que gosto menos de você.
Mas sim por que gosto demais

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Try me

Não acredito em meias verdades
E delas a sua boca se enche com prazer,
Tento enxergar o vulto por detrás das cortinas
mas tudo que vejo é seda enegrecida pela noite,
E eu vou tentando, vou me perdendo,
Vou sonhando, mas não esquecendo,
e no seus jogos de palavras
acabo nas suas meias verdades denovo.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Conotação sobre a liberdade

As pessoas seguem uma forma muito individualista de ter relacionamentos. Elas não querem pessoas para ter ao seu lado... querem pessoas para possuir. E é aí a raiz da maioria dos problemas entre pessoas que se gostam.
O ser humano (na verdade nem outros animais) foram feitos para ficar em gaiolas. O mundo é gigante, amigos. A função do ser humano é conhecê-lo, desbravá-lo, e não só em sentido geográfico, mas também em questão de relacionamentos, profissionais, filosóficas... Quando ele se submete à coleiras ele perde a essência viva que foi lhe dada: sua alma, sua ânima.
Mas o nosso ego é cruel: ele mede seu poder por suas posses. Mas mal sabe ele, que é o que é seu de verdade, volta sem precisar que você o prenda. "O que é do homem o bicho não come" já dizia o povo.
A perda é processo natural da evolução. Ela vem e não espera, não dá tempo nem de pensar. E é aí que seu ego enfraquece, e precisa de muletas. Então ele busca outras propriedades para compensá-la...
Mas já lhe digo, amigo. Quem anda de muletas não vai muito longe. E não sei você, mas é por todas distâncias que eu quero percorrer.
É verdade sim, que aos poucos mais e mais eu possuo nada. Mas se fosse depender disso estaria estagnado em algum lugar por aí. Não perco o sorriso nunca, por mais dolorido que seja. A raiva é uma emoção que só nos faz recuar... seja lá aonde você queira chegar.
Mais vale a própria liberdade que cem coleiras amarradas à tua mão. Por que por mais que você possa segurar teu cão... é ele quem te puxa para onde ele quer ir.

sábado, 28 de agosto de 2010

Midnite kiss

Uma juventude incestuosa,
que não difere irmãos de paixões
e que há de devorar,
com seus lábios sabor de vinho,
e com seu hálito cheirando à whisky,
e com seus dedos queimados de brasas.
Suas mão volúpias e libidinosas,
que ignoram os pudores de seus próprios
dizeres
e que na lúxuria encontram sua pureza e
integridade.

Vidas que consistem
No desperdício
De tempo e de palavras,
Direcionadas uns aos outros,
Pra dizer o que ninguém acredita,
Pra reafirmar o que todo mundo sabe...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Pôr do sol sanguíneo

Esquecer e me anestesiar
me abster de tudo,
De tudo que um dia eu me apeguei,
e que eu trago pra dentro de mim
como um bisturi que não cessa em multilar.

Os sonhos não me dão descanso
Daquele rosto que eu não tenho coragem de fitar,
E que a Memória tanto insiste em me recordar,
Até a última hora da noite.

Eu não sei mais o que fazer
A minha boca já não sabe mais o que dizer,
A minha cabeça já não consegue mais se distrair,
Tirando o direito do meu pensamento ir e vir,
Me sinto acorrentado naquele momento de fútil erro
Que mal sei eu, se eu posso me culpar...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Continuo aqui

Sobriedade
Não é só uma questão
da sua consciência,
Mas é também questão de saber
Que não é o Whisky quem sorri por você.

Talvez eu precise beber,
Ou enlouquecer,
E falar o que preciso
Talvez gritar, sei lá
Nessas horas nunca se sabe bem o que fazer.

Os velhos amigos
Sempre são uma boa opção,
Não há quem entenda melhor,
Ainda mais, quando já viveram
O mesmo ardor
E a mesma angústia
Da dúvida.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Same old lies do never work with me.
Realists have some advantages, too.

domingo, 18 de julho de 2010

Mais uma vez

Ser estúpido é uma arte
Que exige franqueza
E até quem sabe, um pouco de criatividade,
Libera sua ignorância e violência,
Num imenso poço de intransigência.

A ilusão é a consequência da minha face,
Só o convívio lhe dira quem eu sou,
De mim não espere! Decepção é culpa sua,
Não prometo nem iludo,
Só digo o que cumpro.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Last time you spoken

Oras, tempo
Você que ilude sem dó,
Que passa lento em nossos corações,
Mas rápido fora deles.
Não dá descanso
Deixa suas marcas nas faces
E olheiras naqueles que só sabem te ver passar...

Você sabe muito bem
Que eu gosto de admirar
Os belos rostos
Que pela minha vida passar,
E que por mais que todo dia eu acorde,
Eu ainda gosto de sonhar.

sábado, 26 de junho de 2010

Esporadicamente verdadeiro

Ao passar da vida percebi,
Que por toda ela tudo que eu vivi,
Foram apenas encontros de olhares,
Porém nunca os olhares fixos
Um ao outro.

Percebi que demorei muito,
Pra encontrar abraços
de verdadeira saudade,
E que por muito tempo foram apenas,
Tapinhas nas costas.

Viver o intenso tem seus preços,
O intenso dura pouco,
Por mais verdadeira que seja
a sensação da verdadeira intensidade,
De eterno esses momentos só se tem
a memória.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Anagrama

Não consisto nem desisto,
Sobrevivo do ordinário,
Que embeleza a própria falta de valor,
Medo de punição não tenho,
Mas o mais singelo dos sorrisos
Me assusta,
Talvez a vida fosse mais fácil,
Se fosse o contrário.

Meus olhos secam
Diante o calor de inexplicável luz,
Que por mais que à nada ilumine,
Nunca apaga,
No fim das contas acabarei cego
Pela escuridão que ela me proporciona.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Cold skin under the noon sun

Decifra-me ou devoro-te,
O que derruba as pernas de um homem
Em qualquer estágio de tua vida?
Não escape da resposta,
Não finja que sua fraqueza não existe,
Afinal a diferença entre fraqueza e força,
E o que você admite,
E o que você finge não existir,
Não minta pois, pra você mesmo,
Ou eu devoro-te também.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Lógos

É meio-dia e o sol escalda,
Sem dó qualquer ou piedade,
Escalda como se fosse o último
Dos momentos de seu brilho,
E nós, como reverência à sua maestria,
Derretemos e viramos um mar,
De desumanidade.
Por outras vias, pense comigo,
Antes um mar de desumanidade,
do que a própria desumanidade em si?
Lucro ou não, não cabe à mim dizer,
Pergunte aos filósofos...

É época da colheita,
E logo mais chegam os festivais de Baco,
E que sejam doces e embriagáveis, seus vinhos,
e que o suor no nosso rosto cheire à sexo,
E não à fogo.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Contemple

Eu não sei o que espero,
Ou se espero, ou deixo,
Para a vida do jeito que está,
Mal sei do que sou,
Mal sei quem está do lado de cá,
Não tenho escolha outra pois
Senão, arriscar,
Meu tiros não são certeiros,
Minha pontaria é tão boa quanto
O que eu vos tenho à falar,
E o que eu falo minha querida,
Não é o que vai mudar,
Cabe à você adivinhar.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Primeiro

Que de poesia e música
Seja feito todo pai que embala
Seus filhos doces e cruéis,
Cruéis como o fogo que devasta,
Doces como o fogo que aquece.

sábado, 12 de junho de 2010

Just one more night

Desperto, o gosto é ruim,
O alcóol pesa como pedra
dentro da minha cabeça.
Digo que dane-se, levanto e sigo adiante,
Dinheiro não tenho algum.

A maturidade não rege quem se alcooliza
O alcóol é só uma ilusão de diversão,
Porém, mesmo assim,
É mais fácil fugir por dentre seus goles,
Me engano, me engano, e não me canso de
Me enganar.

Tudo está embaralhado,
Como se já não bastasse eu ser complicado
Ainda tenho que dar por sorte, nas cartas,
Entre seus Áses e Reis de terra nenhuma.

Chega de transformar bebida em versos.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A name and a nickname

O que existe pra mim
São dois pápeis para um só personagem.
Não exatos opostos, eu diria.
Mas sim que sem dúvida trabalham um
para o outro.
A doçura não condiz com ardilez e determinação
E infelizmente, darling, é assim que funciona.
Você pode atrair qualquer um dos dois,
O que determina isso é apenas quem você é.

Nenhum dos dois é um poço de bondade, sabe.
Porém nenhum dos dois se afoga na malícia.
Existe sim, o interesse, o objetivo
As paixões, e um ideal pingado ou outro.
Um sustenta os sonhos,
Outro sustenta a realidade,
E pelos confins da cabeça daquele personagem
os dois se ferem e se degladeam num
desespero cinematográfico.

Você sabe como é
Os maiores inimigos do seu coração,
São seus olhos,
Principalmente se forem de Águia
e seu coração, de um cordeiro...
Mas quem quer passar por arame farpado
Espera no minímo se cortar.
É assim que as coisas funcionam.
É assim que o homem cresce.

domingo, 9 de maio de 2010

Virgo

A pior sensação que existe, meu caro
Não é aquela que lhe causa ódio
Arrependimento ou tristeza,
Mas é sim aquela cujo você
Não tem direito de sentir...

Não há argumento que possa usar!
Os sentidos percebem o óbvio mas você
Insiste em não enchergar
E aquilo, que não te pertence nem nada
Volta para lhe torturar...

E isso por quê? Por que não sou dono de pessoas
E sendo assim, não posso clamar
meus direitos por elas
Mas que machuca, machuca. Por mais idiota que seja
E por mais idiota que seja, marcas vão ficar

Eu conheço à ti ilusão, velha amiga de guerra
Tu que não me abandonas, me acompanha
Dando sabor ao que já está podre
Para que eu ainda consiga
Me alimentar...

sábado, 8 de maio de 2010

The secrets under your skin

Eu ando pelas ruas da sociedade
E a cada esquina, me param, me interrompem,
Vendem sua beleza
Fazem de tudo para que eu compre
Mas é algo pelo qual não posso pagar

A cada passo tentam me convencer
Da sua cultura, da sua inteligência,
Da sua liberalidade, mas eu enojo
Por que quem vende-se pelo aparente
Acaba-se esquecendo do verdadeiro conteúdo

Gritam, sussurram "Miserável, quem pensas que é?" !
E eu digo-lhes: Sou pois, não mais que vocês
A diferença entre nós é a natureza
Que de dentro para fora pra mim flui
E que as suas apodrecem e envelhecer dentro de vocês
Sem luz nem ar para viver

Entenda, meu fascínio não me desperta no que eu vejo
Mas sim, no que você esconde,
E quem não instiga, cá entre nós,
É por que por dentro não há nada à esconder

sábado, 1 de maio de 2010

O indivíduo, a tempestade e a futilidade

Eu me rendo,
Não há exército que resista,
A força do sentimento.
Que domina, que insiste,
E quando vemos está entrelaçado
Entre o lábio e o pescoço,
Pra conceder o último desejo
E executar o condenado

Eu que por muitas vezes
Mudei minhas crenças, por medo,
Que fiz da minha incerteza,
Uma tentativa do belo!
Que achava ser forte
E acabei me entregando,
Eu não sei quais são meus fardos,
O que guarda o dito julgamento do
Divino ou o acaso, chame do quiser.

Eu que por tanto tempo, repudiei a decepção!
O ódio é a consumação do medo,
Medo de decepcionar, medo de me decepcionar,
E abraçando a decepção, pois a culpa é pois se não
minha.

Eu sou jovem e meu futuro é incerto,
Eu me apaixono pela melancolia,
Tenho mania de ir ao fundo do poço
Para tirar aqueles que estão presos por lá.
E enquanto tiver alguém gritando pra sair,
Eu vou ter poços para pular.
Feliz de uma forma que não me sentia faz tempo! Só pra constar mesmo.


Edit: Só pra constar também, que como se não bastasse o dinheiro, felicidade de pobre também dura pouco.

Shit.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Pálido vulto

Eu sou seduzido
E nunca estive,
sempre fui,
Pelo belo, pelo meigo,
E as suas verdadeiras formas;
Se escondendo através das curvas
De tua pele cor-de-lua.

Mas a pouco descobri
Que beleza essa só eu vejo
E cá entre nós
Só para mim existe,
Por que diferente dos outros
Que te acham bela pela figura
Eu te acho bela pela doçura
Sutilmente camuflada
Nas amarguras e tristezas de sua existência

sexta-feira, 9 de abril de 2010

My little child

Calor, o colo e o cheiro materno
A imaturidade da minha essência,
Resolveu fugir de casa
E dos tapas que a vida dá,
Que até então eram lendas
Lendas pra quem não conheço mundo
Lendas pra quem não deve conhecer o mundo
Ela foi conhecer,
Sentir o ardor do impacto
Descobrir que o sangue ainda é quente
Enquanto escorre pela pele
E essa imaturidade está por aí jogada
Se aquecendo agora no coração de alguma mulher
Que possa lhe trazer, o amor, e o ardor.

sábado, 27 de março de 2010

Eu não posso negar

Eu sei do que fadado estou,
E fadado ou não, fardo é,
Que jogar certo não vence,
Ou que jogar vencendo não é certo,
Já então que vitória não é certa,
A derrota pois veio me abraçar.

Foi a curiosidade que me levou até lá,
E a ingênuidade seduzida então,
Pelo belo, puro e meigo,
A curiosidade negou-se a questionar,
Ingenuidade então com o tempo
Aprendeu a se decepcionar.

domingo, 14 de março de 2010

Proud and Honor

A nossa honra é uma mentira
Mentira pra proteger
Do que a gente não aceita
Daquilo que a gente condena
Do crime que você mesmo inventou

A nossa honra é uma mentira
Estabelecida pra esquecer
Já se esqueceu do que é feita
A partir de hoje só resta a cena
Que o próprio mundo encenou

A honra é a fraqueza de sangue azul
Que o mundo não enxerga
Crime por honra é necessário
Morrer pela honra, é martírio.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Good News

Todo dia você acorda
Se espreguiça; faz suas preces se acredita nelas
Pede por um bom dia
Não quer dizer que necessariamente vá ser
Você alimenta esperanças.
Esperanças que por sinal são ligadas à sonhos
Não quer dizer necessariamente que elas serão correspondidas
Você pode ser gentil, uma pessoa doce
A vida não vai deixar de dar tapas na sua cara
Pode ser desilusão de um garoto ou de uma vida inteira
E agoras as únicas novidades boas
É que eu não acredito mais em esperar

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Sinal de vida

Não poetize a sua vida
A vida não rima
Quem rima somos nós
Não há nada de belo; o belo não existe
Quem encherga o belo somos nós
Viva intensamente! Mas não poetize
Por que quem poetiza esquece que a vida é de verdade
E que a verdade pode ser feia ou ter razões idiotas
Se você ama e não é correspondido, fazer o que?
As vezes não somos bonitos, ou somos desinsteressantes
O universo tem mais o que fazer do que conspirar
Contra você
Aquelas fotos, pra recordar, não simule expressões
Simplesmente deixe seu rosto fluir
Se tiver de sorrir, sorrirá
Se estiver triste, chore
Se estiver puto, grite e chingue
Se passar mal, vomite logo que puder
A vida não segue versos decassílabos
Quem rima, somos nós.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Trickster's Passion

A música e os meus sonhos
São meus melhores companheiros
Me acompanham enquanto eu estiver lúcido
E alucinado, realizam-se na ternura do inacreditável
Não só aos domingos o homem descansa
Mas sim na doçura das música e dos seus sonhos
Que trazem o que está distante
Que trapaçaem com os limites e com os kilômetros
Pra trazer denovo, quem sabe, um amor pra mim

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Eu sou uma pessoa tão difícil de lidar.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Hey

Isso aqui, é só uma constatação. Só pra informar que, ultimamente minhas palavras perderam o rumo. E não sabem mais nem se caminham pelos meios da paixão, do amor ou da crítica. Logo que passar essa labirintite elas aparecem por aqui denovo.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

New Year Promises

O que eu preciso
É de problemas para balançar o meu cérebro
Uma louca paixão pra agitar a vida
Pra me deixar confuso; pra eu ter que ficar entre várias decisões
Pra aprender, que a vida não é tão mole assim como eu vivo
E que a vida só tem graça mesmo com algumas coisas pra enfrentar
Eu quero sentir é toda emoção
Felicidade, tristeza, a raiva e a bonança
Impregnar tudo ao meu redor com as minhas marcas também
Eu quero enfrentar dificuldades
Por que toda crise, é uma oportunidade.