quinta-feira, 27 de maio de 2010

A name and a nickname

O que existe pra mim
São dois pápeis para um só personagem.
Não exatos opostos, eu diria.
Mas sim que sem dúvida trabalham um
para o outro.
A doçura não condiz com ardilez e determinação
E infelizmente, darling, é assim que funciona.
Você pode atrair qualquer um dos dois,
O que determina isso é apenas quem você é.

Nenhum dos dois é um poço de bondade, sabe.
Porém nenhum dos dois se afoga na malícia.
Existe sim, o interesse, o objetivo
As paixões, e um ideal pingado ou outro.
Um sustenta os sonhos,
Outro sustenta a realidade,
E pelos confins da cabeça daquele personagem
os dois se ferem e se degladeam num
desespero cinematográfico.

Você sabe como é
Os maiores inimigos do seu coração,
São seus olhos,
Principalmente se forem de Águia
e seu coração, de um cordeiro...
Mas quem quer passar por arame farpado
Espera no minímo se cortar.
É assim que as coisas funcionam.
É assim que o homem cresce.

domingo, 9 de maio de 2010

Virgo

A pior sensação que existe, meu caro
Não é aquela que lhe causa ódio
Arrependimento ou tristeza,
Mas é sim aquela cujo você
Não tem direito de sentir...

Não há argumento que possa usar!
Os sentidos percebem o óbvio mas você
Insiste em não enchergar
E aquilo, que não te pertence nem nada
Volta para lhe torturar...

E isso por quê? Por que não sou dono de pessoas
E sendo assim, não posso clamar
meus direitos por elas
Mas que machuca, machuca. Por mais idiota que seja
E por mais idiota que seja, marcas vão ficar

Eu conheço à ti ilusão, velha amiga de guerra
Tu que não me abandonas, me acompanha
Dando sabor ao que já está podre
Para que eu ainda consiga
Me alimentar...

sábado, 8 de maio de 2010

The secrets under your skin

Eu ando pelas ruas da sociedade
E a cada esquina, me param, me interrompem,
Vendem sua beleza
Fazem de tudo para que eu compre
Mas é algo pelo qual não posso pagar

A cada passo tentam me convencer
Da sua cultura, da sua inteligência,
Da sua liberalidade, mas eu enojo
Por que quem vende-se pelo aparente
Acaba-se esquecendo do verdadeiro conteúdo

Gritam, sussurram "Miserável, quem pensas que é?" !
E eu digo-lhes: Sou pois, não mais que vocês
A diferença entre nós é a natureza
Que de dentro para fora pra mim flui
E que as suas apodrecem e envelhecer dentro de vocês
Sem luz nem ar para viver

Entenda, meu fascínio não me desperta no que eu vejo
Mas sim, no que você esconde,
E quem não instiga, cá entre nós,
É por que por dentro não há nada à esconder

sábado, 1 de maio de 2010

O indivíduo, a tempestade e a futilidade

Eu me rendo,
Não há exército que resista,
A força do sentimento.
Que domina, que insiste,
E quando vemos está entrelaçado
Entre o lábio e o pescoço,
Pra conceder o último desejo
E executar o condenado

Eu que por muitas vezes
Mudei minhas crenças, por medo,
Que fiz da minha incerteza,
Uma tentativa do belo!
Que achava ser forte
E acabei me entregando,
Eu não sei quais são meus fardos,
O que guarda o dito julgamento do
Divino ou o acaso, chame do quiser.

Eu que por tanto tempo, repudiei a decepção!
O ódio é a consumação do medo,
Medo de decepcionar, medo de me decepcionar,
E abraçando a decepção, pois a culpa é pois se não
minha.

Eu sou jovem e meu futuro é incerto,
Eu me apaixono pela melancolia,
Tenho mania de ir ao fundo do poço
Para tirar aqueles que estão presos por lá.
E enquanto tiver alguém gritando pra sair,
Eu vou ter poços para pular.
Feliz de uma forma que não me sentia faz tempo! Só pra constar mesmo.


Edit: Só pra constar também, que como se não bastasse o dinheiro, felicidade de pobre também dura pouco.

Shit.