terça-feira, 25 de novembro de 2008

Indulgência

Seus poemas já não me enganam
Seus acordes já não me entorpecem
Mas aquela tua rima
Incofundível
Rima de horizonte
No soar do mar e do pôr-do-sol
Na espectativa de uma noite cair
Noite de lua nova
Um tanto vazia quanto eu preciso ser
Por que quando brilho
Tudo que eu reflito é a luz da vela
Quero o Sol
Queimar na presença dele
Mas, suas velas estão ofuscando.

Eu entro naquele antigo beco
A música é a mesma
Tudo é tão aconchegante
Mas adormece
Adormece tudo aquilo que dói
Que me faz sofrer
Que me derruba
Que me faz sentir vivo

"Sou o filho e o herdeiro
De uma timidez que é criminalmente vulgar
Sou o filho e o herdeiro
De nada em particular"

Escrito na Terça-feira, dia 25 de novembro de 2008
(Última estrofe é parte traduzida de uma música da banda "The Smiths" chamada "How Soon is now?". Não achei forma melhor de finalizar)

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